Eu sempre tive uma lista das coisas que eu mais odiava no mundo. Dessa lista não fazia parte nenhuma pessoa, como já disse, sempre fui apaixonada por elas. Com o tempo a gente percebe que nem todas as pessoas são o que imaginamos, e que a maioria delas não é apenas o que se vê. Ninguém é somente aquilo que se vê. As piores coisas pra mim eram a hipocrisia, o jogo de interesse e a traição. Sem esquecer da inveja. Sinceramente nunca acreditei que alguém pudesse ter todas essas detestáveis “qualidades”. Pois é, a vida não é somente da cor que você mais gosta (seja ela azul, lilás ou rosa) a vida é um arco-íris. Com altos e baixos. A vida na verdade é uma viagem de trem, como dizia o poeta. Desvio de caráter, falta, ausência dele; essa sim é a pior coisa. O conjunto delas, ou melhor, a causa delas! Não critico aqueles que têm metas na vida, e sim aqueles que usam outras pessoas para alcançá-las. Sinceramente não entendo e prefiro não entender essas pessoas. Pra que dizer um “eu te amo” se não for de coração? Não adianta que não ama. Não existe amor sem confiança, sem lealdade. E confiança e lealdade não são conquistadas de uma hora para outra. É bom que o amor seja recíproco, o que não acontece sempre. Não que eu não acredite em nenhum “eu te amo”, pelo contrario, acredito e muito. Só não creio na forma com que ele foi vulgarizado. Sim! Vulgarizaram o verbo amar. Se não ama, não diz que ama! Mas não... Têm pessoas que acham que um “eu te amo” fica bonitinho no final de um recado. E que dizê-lo para muitas pessoas é sinal de que se têm muitos amigos, e que se é muito amado. Pobre de quem assim pensa. Meus amigos de verdade sabem que eu os amo. Ou não, como diz o poeta Vinicius, muitos não percebem o amor que eu lhes devoto. Não pretendo ser estraga prazer, só penso que é melhor um gesto verdadeiro de carinho, do que uma frase carinhosa dita da boca pra fora. Não consigo decifrar a mente daqueles que depois de dizerem que “amam” apunhalam a pessoa “amada” pelas costas e passam a odiá-la como se fosse sua “inimiga de infância”. Ou pior, não quero nunca entender aqueles que “amam”, apunhalam e depois “amam mais”. Pessoas vazias, interesseiras, hipócritas. Enfim, sem caráter algum. Essas são as piores. Vazias por acharem que serem conhecidas, serem “amadas” é tudo na vidinha medíocre que levam. Interesseiras por acharem que serem colegas de certas pessoas vão ajudá-la a serem populares e queridas. Hipócritas por fingirem ser o que não são, para agradar ou serem aceitos. No fim de tudo, pessoas infelizes, que vivem a vida dos outros e para os outros. Infelizes por não perceberem que a vida é bonita demais, e que a felicidade está nas coisas mais simples desse milagre que assim chamamos: vida.
Bom final de semana *-*
Luana Camila ;*